Início Ogans. Rum e Orixás

Nesse tempo que sou confirmado percebi que até entender nossa função em tocar, cantar para o Orixá
leva um tempo. Eu achava que era só toca, cantar.  Hoje tenho certeza que não é assim..
Posso afirmar que existe emoção, sensibilidade, levou um bom tempo para perceber que quando eu dobrava o rum o orixá, na mesma sintonia, no mesmo tempo me acompanhava, em cada toque que eu dava no rum, um gesto que ele fazia era como fossemos trés em um, eu, orixá e o rum. Percebi que não é fazendo linda firulas no atabaque para impressionar outros ogans, que mostraria que eu sabia tocar rum e não era  isso. Entendo que dobrar rum é um momento de transição, um momento especial, mesmo o orixá não tendo o pé de dança, consigo entender os momentos que ele se manifesta na maneira simples de seu gestos. Quando canto não é diferente, as cantigas entoa a emoção, expressão seja ela de guerra, oro,é um passeio com o orixá, em que as vezes fecho meus olhos e me entrego cantando para o orixá e não para as pessoas que estão ali presente. Ser ogan é isso ter fé, respeito aos orixá e as pessoas sem diferenciar ninguém seja iao, ebomi, abiam ou mesmo uma criança, a simplicidade e humildade é o inicio de tudo e de todos. Recebermos cargo de Ogans cabe a nós conquistar respeito das pessoas e dos orixás e fazer valer o nome ogan.














Eu fiz e tenho orgulho de ser respeitado como Pejigan Anderson de Bessen não sendo apenas um nome!